Como eu ansiava pela compra do chocolate
em pó COQUI e TODY que durante muitos anos traziam aqueles brindes tais como
copos, taças mas o mais importante era quando traziam os bonecos.
E era por causa dos s bonecos monocromáticos
de cor branca tal como o Topo Gigio muito famoso na altura que eu e
provavelmente muitos garotos da minha geração chegamos a meter uma colher extra
de pó no leite e por vezes até comer às colheradas para que acabasse mais
depressa para as nossas Mães comprarem mais e calhar mais um boneco.
Nas minhas pesquisas lá pelas velharias
perdidas em casa ainda consegui descobrir somente um dos muitos bonecos Topo
Gigio este ainda com orelhas apesar de roídas talvez pelo meu vício de morder
em plástico macio ou saborear ainda o chocolate residual nas arestas dos
bonecos uma vez que vinham á solta no meio do pó sem qualquer tipo de plástico
protector.
Quanto ao Topo Gigio tenho a dizer que era
um ratinho que “fazia” parte de um programa (cópia de um que havia em Itália) com
um individuo chamado RUI ANDRADE que tocava piano e o ratinho cantava, dizia
umas piadólas, etc. Recordo-me que o raio do rato era mesmo engraçado…
Os totobolas já são mesmo COISAS do SÉCULO
PASSADO e a imagem mais antiga de que eu me recordava era de os mesmos serem um
desdobrável de original, duplicado e um químico de cor vermelho no meio que
transferia para o duplicado por vezes umas desencontradas cruzes nos
respectivos quadrados. Muitas vezes eu dei o meu palpite na tentativa de
acertar na chave certa, mas naquele tempo e tal como hoje em dia eu não percebo
nada de futebol.
Numa pesquisa por aqui e por ali lá fui
encontrar não os ditos de químico vermelho mas uns ainda mais antigos de 1972 que
eu desconhecia e que aqui coloco a imagem o que mostra que antes do químico
vermelho já tinha havido o químico preto que regressou novamente anos mais
tarde. Gostava de arranjar outros de épocas e modelos diferentes que existiram
para poder comparar tal evolução deste antigo jogo.
Que grande recordação tenho deste brinquedo
era eu ainda muito pequeno, embora seja uma recordação distante na idade já só
me recordo do mesmo todo desmontado.
O que se passou é que por alguma razão
desmontei os braços do boneco que eram em chapa e na minha ideia de criança
magiquei um esconderijo que me pareceu o mais perfeito e que eliminaria
qualquer prova daquele “bonequicídio”, que foi enfiar os braços do boneco para
dentro da sanita e tentar que os mesmos passassem aquela curva de escoamento, o
que tal não aconteceu e talvez porque quando uma criança irrequieta como eu era
se ausenta durante algum tempo deu que desconfiar eu fui apanhado em flagrante
pela minha Mãe que me deu um ralhete e me fez ver que não poderia pôr objectos
daqueles para dentro da sanita pois iria entupir e mexer na sanita “onde
passava o cocó era feio!”
Estes bonitos brinquedos do nosso tempo
foram proibidos de ser comercializados talvez porque as normas de controlo da
CEE assim o exigiram devido aos mesmos serem feitos em chapa e poderem magoar
as crianças. Mas na verdade durante tantos anos se brincou com tais brinquedos
e por vezes coisas piores muitas vezes com latas de conserva e nenhum morreu
porquê este exagerado cuidado com os brinquedos da actualidade que na minha
opinião serão mais prejudiciais e menos saudáveis para as crianças tais como os
viciantes videojogos violentos que eles fazem questão de ir a jogar para qualquer
lado que vão esquecendo-se de observar o belo mundo que os rodeia e deixando
escapar a sua infância através de bites e Mega bites dos muitos jogos…
Os nossos brinquedos eram simples mas na
altura conseguimos ser bem felizes com o que tínhamos.
Ai que saudade dos meus tempos de miúdo
em que não dependia tanto de coisas como actualmente se depende tal como a
electricidade, agua, televisão, computadores, telemóveis e um sem número de
luxos que por vezes durante um mês inteiro eu era privado.
Os meus Avós eram pessoas humildes da
província que viviam num casarão no meio de um pinhal que actualmente associo
como se eles ainda vivessem na idade média. A casa não tinha electricidade nem
agua canalizada e a comida era toda feita numa fogueira ao canto da casa que
durante muitos anos quase nunca se apagou nem mesmo no verão tornando a casa
toda preta devido ao acumular contínuo de foligem pelas grossas paredes de
pedra e no rustico madeiramento que suportava o telhado. Certo é que durante
esses anos todos nunca tiveram problemas com o bicho da madeira e quando os
meus Avós já idosos tiveram de sair da casa tudo a atacou de uma só vez.
Logo de manhã sentia o cheiro daquele café
na cafeteira preta cheia daquele carvão preto devido aos derrames das borras
para fora durante a fervura que lhe dava resistência ao alumínio e que a minha
Avó fazia todos os dias de madrugada quando “se levantava com as galinhas” por
vezes ainda de noite escuro no Inverno para fazer o almoço para o meu Avô e o
meu Tio levarem para o trabalho.
Para se mover pela casa sem chocar com as
coisas a minha Avó levava uma pequena candeiazinha ou uma lamparina de petróleo
que dava uma fraca luz, mas para os seus olhos treinados de anos a fio naquelas
condições era o suficiente e ela nunca reclamou por mais…
No entanto havia dias em que se juntava
mais família devido a um dia festivo na terra ou a uma matança de porco, etc. e
aí perdia-se completamente a cabeça e acendiam uma candeia a gaz emprestada
pelo Sr Manuel da Loja, esta já mais potente na emissão de luz ou então uma
candeia de vidro ou daquelas com armação metálica como a representada em cor
azul nas figuras abaixo. AQUILO QUASE OFUSCÁVA OS OLHOS MAIS DESTREINÁDOS!!!!! ;-)
(http://cantinhodojorge.blogspot.pt/2011/01/candeia-de-petroleo-iluminacao-antes-da.html)
Quantos de nós que frequentámos a Escola
pelas décadas de 70, 80 e 90 tivemos longas sessões de visualização de
diapositivos também conhecidos como SLIDES.
Uma das Escolas que frequentei tinha
carradas disso e de vez em quando lá calhava uma sessão para desanuviar um
pouco das conversas por vezes aborrecidas dos Professores. Devo dizer que em
parte as ditas imagens ajudavam bastante a compreender a matéria dada.
Hoje em dia os actuais alunos têm a vida
muito mais facilitada com a Internet, Documentários, filmes Históricos, etc.
nós nosso tempo tinha-mos isto e pouco mais e era tudo algo limitado, pouco
divulgado e por vezes difícil de aceder.
Eu poderia ter entrado na Escola em 1981
mas como a minha data de aniversário é de Fevereiro disseram que só ingressaria
no ano seguinte em 1982 de certa forma atrasando-me um ano.
Fui para a Escola Primária mais antiga da
minha área de residência e por incrível que possa parecer ainda me lembro do
meu primeiro dia e do primeiro desenho que pintei que era um menino a segurar
uns balões desenhado numa folha A4 tipo papel pardo e segundo me parece feito
através daqueles antigos sistemas de cópia a óleo, desenho esse que deve de
estar ainda guardado em parte incerta.
Eu tenho os meus livros todos guardados
mas este é aquele que significa mais para mim porque foi com ele que eu
contactei com as letras pela primeira vez pois há uns anos atrás poucas
crianças frequentavam locais como Creches ou Pré-Primárias que davam aqueles
primeiros conhecimentos. Resumindo eu ia como um disco rígido novinho em fogo
em que tiveram de inserir o Sistema Operativo e os restantes programas embora
alguns deles não tivessem ficado bem instalados!!!
O meu primeiro livro foi o TICO TICO um
livro que letra a letra me deu a conhecer palavras e ensinou a ler textos e
claro está que nada disto seria possível sem a preciosa ajuda da Dona Victória
a minha dedicada Professora da Primária que infelizmente partiria poucos anos
depois devido a uma doença prolongada.
Guardo na memória imensas recordações
desses tempos e nomeadamente daquele frágil material escolar que usávamos tal
como os lápis de cera que rolavam da mesa para o chão e ficavam feitos aos
bocados e daquelas réguas da MOLIN que usávamos como espadas e numa cacetada
mal dada lá estilhaçavam e ficavam feitas aos bocados.
(http://www.santanostalgia.com/2012/08/livros-de-leitura-da-primeira-e-segunda.html)
Infelizmente não são COISAS do SÉCULO PASSADO porque aconteceram no começo do Séc. XXI.
No entanto excepcionalmente vou publicar
algo do nosso século; resolvi guardar e preservar esta edição do CORREIO da MANHÃ de dia 12 de Setembro 2001 para que os meus
descendentes daqui a muitos anos recordem tais acontecimentos bárbaros como
algo pertencente ao passado que deu muitas dores de cabeça nos anos e seguintes
e ceifou muitas vidas e que eu actualmente espero do fundo do coração que
acabem com estas sucessivas Guerras que só trazem lucros para aqueles que
desenvolvem o armamento.
Já temos armas que matem o suficiente, não
precisamos de mais armas quer sejam nucleares ou químicas. Acabem-se os
Ditadores e vivam em Democracia.
Embora saiba que será impossível acabar
totalmente com as Guerras e outros males do Mundo eu quero que as Crianças que
nasceram hoje e que ainda vão nascer amanhã encontrem um Mundo em construção
que os faça sentir orgulho da nossa geração que o ajudou a construir e embora o
trabalho de cada um de nós seja como um grão de areia creio que todos juntos e
unidos poderemos fazer uma praia independente das crenças na religião e na
política.
Temos de pensar mais que todos nós
nascemos sem roupa e que no final só cá andámos para ganhar para aquela muda de
roupa que vai connosco a enterrar ou a cremar e que todo o mal e ganancia que
tivermos no final de pouco valerão.
Vamos evitar as guerras e tentar darmo-nos
todos bem pois não será por fazer atentados á bomba ou invadir cidades que se
vai conseguir mudar o Mundo para melhor, pois a VIOLÊNCIA irá gerar MAIS VIOLÊNCIA!
Aos que pereceram nesta tragédia do 11/9
“QUE DESCANSEM EM PÁZ!”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ataques_de_11_de_setembro_de_2001)
Quem é que nasceu nas décadas de 60, 70,
80 e possivelmente ainda nos anos 90 não chuchou numa chupeta deste formato
quer fosse desta ou de outra cor? Acho que todos nós tivemos pelo menos uma
como foi o meu caso. Porque certo dia ía eu ao colo do meu Pai numa longa
caminhada e pelo caminho lá cuspi a chucha sem que os meus Pais dessem conta
até chegarem a casa. O meu Pai ainda voltou atrás mas já não a encontrou. Certo
é e segundo conta a minha Mãe eu já não quis mais nenhuma chucha tendo adoptádo
o meu polegar para o seu lugar. Pelo menos este não o perdia…
Antes de comprar a minha primeira Camera
de filmar em 1998 andava como que obcecado para comprar uma daquelas Camera de
K7s de filmar VHS-C por se parecerem com aquelas que eram utilizadas no cinema
para fazer a rodagem dos filmes e que eram autênticos calhamaços em tamanho,
mas eu sempre tive um fascínio por esses calhamaçudos objectos de época. Certo
é que nunca tive nenhuma dessas cameras até á data mas ainda consegui arranjar duas
cassetes usadas nas mesmas.
O funcionamento destas cassetes após serem
utilizadas numa camera de filmar era auxiliada por uma estrutura semelhante a
uma cassete de vídeo normal chamada de adaptador de VHS-C que servia para
visionar-se a filmagem num normal vídeo leitor.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Videocassete)
Não conhecia as diskettes de 8 polegadas
até um dia entrar num velho edifício abandonado e ter visto uns quantos
computadores antigos já muito danificados e muitas diskettes espalhadas pelo
chão. Apanhei umas quantas e levei por curiosidade. Alguns meses ou anos mais
tarde achei uma diskette de igual tamanho mas com alguns pormenores diferentes
em cartão pardo, sei que a meti dentro de um livro mas não a encontro para
postar aqui o que farei quando a encontrar.
Quanto às diskettes de 3,5 polegadas essas
já eu conheci bem a partir do momento em que comprei o meu primeiro PC um IBM
386 em segunda mão que só tive durante um mês porque eu era tão avançado,
embora nunca tivesse tido nenhum computador até á altura e aquele era muito
limitado com o seu velho Windows 3.1 com um Word e um Paint meio esquisitos e
que demorava quase meia hora a arrancar por ter que iniciar com MS-DOS e
introduzir-lhe aqueles códigos de comandos. Comprei um com o Windows Millennium
que na altura era um programa já muito á frente e resumindo eu saltei o Win95,
Win98, Win2000 e arrisquei no Millennium e a partir daí foi sempre a dar-lhe,
actualmente estou a utilizar o Win8 e quanto ás diskettes… parecem COISAS DO
SÉCULO PASSADO!
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Disquete)